terça-feira, 11 de novembro de 2008

NG5 - DR4 - Internet

Competência:



Perceber os impactos das redes de internet nos hábitos perceptivos, desenvolvendo uma atitude crítica face aos conteúdos aí disponibilizados.
As tecnologias da informação e comunicação, através do computador e da internet vieram trazer a todos a possibilidade de estar em todo o lado, a toda a hora e momento. A noção de espaço e de tempo alteraram-se, pois, virtualmente, podemos estar em qualquer lado. Entrar no museu do Louvre ou no Hermitage é hoje uma possibilidade que dispensa transportes, viagens ou custos. O mesmo sucede ao nível de outros espaços culturais como bibliotecas ou até teatros. Mas este recurso permite-nos também produzir conteúdos artísticos, misturando conceitos tradicionais de arte com novas tecnologias, caso da video-arte, média-arte, entre outros. Esta é a realidade do ciberespaço, uma realidade que hoje se vive, assumindo-se uma identidade (avatares), uma vida própria, caso do jogo Second Life, por exemplo. À velocidade de um clik entramos em mundos desconhecidos e conhecemos pessoas, construindo um mundo novo, cheio de relações, links e hiperlinks; estas são as auto-estradas do mundo virtual, do ciberespaço.
No entanto, se as vantagens são mais que muitas, as desvantagens são também significativas, pois como qualquer instrumento/meio, pode ser bem ou mal utilizado, dependendo das intenções. Assim, no caso da internet, o acesso indevido a sites de conteúdos reservados, impróprios, legais ou ilegais, muitas vezes sem acesso limitado, pode levar a informação nociva, caso de conteúdos específicos para adultos, pornografia, pornografia infantil, racismo, ideias extremistas, jogo, mas também contactos pessoais, contactos potenciais por parte de pessoas mal intencionadas, que usam o email, salas de chat, instant messaging, fóruns, grupos de discussão, práticas comerciais e publicitárias não-éticas que, não distinguindo a informação da publicidade, podem levar ao engano, à fraude, mas também ao uso compulsivo e abusivo deste meio de comunicação, bem como à violação dos direitos de autor, resultante da cópia, partilha, adulteração ou pirataria de conteúdos protegidos pela lei, tais como programas de computador, textos, imagens, ficheiros de áudio e/ou vídeo, para fins particulares, comerciais ou de plágio em trabalhos escolares ou outros, pode resultar em graves problemas de natureza jurídica e até financeira.




Critérios de evidência:


Cultura: Sei actuar perante as novas tecnologias da informação, identificando modos de apropriação pela produção artística e compreendendo de que modo a circulação no ciberespaço altera hábitos perceptivos.
Proposta de trabalho: A partir das potencialidades que reconhece à internet, nomeadamente em termos de cultura, de produção artística, indique uma obra de arte, um jogo virtual, um ou vários softwares de ilustração ou pintura digital, um filme ou um programa em que se tenha recorrido às novas tecnologias e descreva o processo de produção do mesmo. Pode também recordar os primórdios desta arte, através da video-arte, com a produção de videotapes, nos finais dos anos 70 e começos de 80, escolhendo um que seja do seu agrado e descrevendo a razão da sua escolha, bem como os aspectos inovadores do mesmo.




Língua: Sei actuar relativamente a conteúdos disponibilizados na rede de internet, através da produção e/ou interacção com esses mesmos conteúdos, em língua materna e/ou língua estrangeira.
Proposta de trabalho: Uma vez que a interacção on-line pode ser extremamente participativa e enriquecedora, a partir do uso diário que faz do computador e dos conteúdos aí disponibilizados, bem como do tipo de contacto que estabelece com ele, faça um levantamento dos diferentes tipos de texto e de informação que pode encontrar, bem como do modo como a informação, os conteúdos lhe são apresentados, dependendo da finalidade de cada um (formulários, texto informativo, argumentaivo, expositivo, técnico, utilitário, relatório, regulamento, injuntivo-instrucional, verbete, descritivo, dialogal-conversacional,etc.).



Comunicação: Sei actuar criticamente face à confiança que se pode desenvolver relativamente a conteúdos disponibilizados na rede de internet e sua fruição.
Proposta de trabalho: A partir da interacção que estabelece com as novas tecnologias em geral e com a internet em particular , faça um levantamento de todos os signos tipográficos e códigos de imagem que encontra, dependendo da página que está a consultar, do seu conteúdo ser ou não reservado, de acesso restrito, com necessidade de usar um código de acesso, mas que numa primeira cosnulat nos permitem compreender se são sites mais ou menos nocívos, obrigando-nos a reflectir a a pensar se devemos ou não aceder a eles, disponibilizar ou não dados pessoais ou confidenciais. Identifique também situações de comunicação em tempo real ou não, bem como de documentos que podemos consultar, enviar ou receber, com tempos específicos de utilização.




domingo, 5 de outubro de 2008

NG6 - Urbanismo e mobilidade

Competência Geral:


Intervir em questões relacionadas com mobilidade e urbanismo, mobilizando recursos linguísticos e comunicacionais no reconhecimento das funcionalidade dos diversos sistemas de ordenamento, da existência de planeamento urbano, das oportunidades de trabalho em contextos rurais e urbanos e do enriquecimento cultural que os fluxos migratórios geram, interpretando-os como factores que reforçam a qualidade de vida.
Numa época de globalização, as vias de comunicação são um factor essencial ao desenvolvimento e ao incremento de relações económicas e humanas, mas também na divulgação da identidade, da cultura e das características de cada país. É isso, afinal, que diferencia e enriquece essas mesmas relações, levando ao enorme fluxo de informação, de gentes e de transportes. No entanto, para que tudo funcione bem, como uma máquina bem oleada, cada país ou comunidade deve organizar-se de acordo com regras bem definidas a vários níveis. Por exemplo: ao nível do ordenamento do território, da segurança e das fronteiras...

NG6 - DR1 - Arquitectura e Construção

Competência:


Participar no processo de planeamento e construção de edifícios recorrendo a terminologias próprias e procurando garantir condições para as práticas de lazer.
A habitação é uma questão que muita preocupa os portugueses, pois ao lado da ambição profissional e familiar surge quase sempre a de possuir casa própria. Numa economia de mercado, onde os salários estão directamente dependentes das flutuações dos mercados financeiros, há que dominar todo um conjunto de informação relativa à finança, à construção e à arquitectura, de forma a fazer as perguntas adequadas e a obter as respostas pretendidas, sem subterfúgios ou mal entendidos. Só assim conseguiremos adequar os nossos rendimentos à casa sonhada, sem abdicar de um conjunto de critérios que concorrem para que aquela, seja a casa ideal. Essa casa será tanto mais a casa sonhada quanto mais tivermos prestado atenção ao espaço onde a mesma está integrada, se há ou não um plano de desenvolvimento sustentável, se há zonas verdes que promovam o recreio, o convívio, práticas de desporto, enfim, equipamentos que caracterizam aquilo que consideramos corresponder a qualidade de vida.

Construção sustentável




Cultura: Sou capaz de actuar perante o planeamento e edificação de espaços habitacionais identificando condições que permitam o desenvolvimento de diversas práticas de lazer e contribuam para uma maior qualidade de vida.
Proposta de trabalho: Aquando da compra da sua casa, preocupou-se com os espaços de lazer envolventes ? Quais os critérios que definiu como exigíveis para ai poder habitar? Antes da compra ou da construção da sua casa preocupou-se em saber quais os equipamentos culturais, de recreio e desportivos acessíveis à sua área de residência? Ou não teve isso em linha de conta por não os considerar relevantes? Existe na sua cidade, vila ou aldeia um mau exemplo daquilo que considera ser má arquitectura ou um espaço de habitação mal concebido? Justifique as suas razões.



Língua: Sou capaz de actuar em contexto privado tendo em conta a terminologia específica e seus significados em situações relacionadas com a construção e arquitectura.
Proposta de trabalho: Aquando da construção ou da compra da sua casa conseguiu interpretar e compreender a linguagem inerente à sua planta, bem como toda a terminologia de um caderno de encargos? No relacionamento com o arquitecto, empreiteiro, conservatória e finanças dominou com facilidade todos os termos técnicos?



Comunicação: Sou capaz de actuar em situações privadas de construção e arquitectura através do estabelecimento de comunicação eficaz com operários e técnicos especializados, com vista ao esclarecimento de um pedido ou resolução de situações de incumprimento.
Proposta de trabalho: Reconte uma situação em que tenha feito valer o seu ponto de vista aquando de uma alteração na sua casa ou espaço envolvente e que considerou ser pertinente, evidenciando os argumentos utilizados e a sua validade.

















NG6 - DR2 - Ruralidade e Urbanidade

Competência:

Intervir em contextos profissionais considerando a ruralidade ou urbanidade que os envolvem e procurando retirar daí benefícios para a integração socioprofissional.
O mundo profissional sofre evoluções, advindas de alterações económicas, sociais e políticas. Assim, também o meio rural e urbano reflectem as mesmas, caracterizando-se sobretudo pelo êxodo dos habitantes do primeiro em direcção ao segundo. O motivo: procura de melhores condições de vida.
Portugal tem também vivido essa realidade, pois assistiu-se a uma fuga do interior para o litoral ou dos pequenos para os grandes meios, muitas das vezes à procura de oportunidades de trabalho, de melhores serviços de saúde, de educação e acesso à cultura, etc. Valorizou-se a cidade em desprimor do meio rural. Hoje, felizmente, assistimos a um retrocesso dessa situação. A perspectiva é outra, começa a revalorizar-se a província, as raízes ancestrais e culturais de cada um; ao contrário de há alguns anos, (re)valoriza-se, (re)qualifica-se o que antes se desprezava, nomeadamente em termos de turismo. Associado a esta valorização da identidade local/regional surgem também actividades de lazer, de turismo e profissionais, que projectam dentro e fora do território nacional o que de melhor se faz em cada uma delas. Mas também a nível urbano surgem novas formas de animação, de dinamização e divulgação do património.

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Critérios de evidência:

Cultura: Sou capaz de actuar tendo em conta o potencial de oportunidades laborais resultantes da progressiva atenção dada pelas políticas locais à valorização do património rural e urbano enquanto factor de desenvolvimento e qualificação dos territórios.
Proposta de trabalho: Reflectindo sobre o que anteriormente leu, identifique casos concretos de valorização do património local e urbano, através da criação de novos postos de trabalho e de actividades ligadas ao turismo, que antigamente não estavam associadas ao meio rural ou pelo surgimento de associações de desenvolvimento local.
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Língua: Sou capaz de actuar em contextos profissionais diferenciados regionalmente, identificando sotaques ou regionalismos, através do uso da língua portuguesa e/ou língua estrangeira, no sentido de uma melhor integração socioprofissional.
Proposta de trabalho: Faça um levantamento de algumas expressões ou vocábulos característicos da sua região, que sejam um factor de diferenciação a nível profissional e que possibilitam uma melhor adaptação a nível laboral. Propomos-lhe o visionamento de um filme promocional da cerveja Sagres onde se aproveitam alguns dos sotaques que enriquecem a língua nacional, bem como a leitura e a reflexão do texto que a seguir transcrevemos...




. .Crónica do falar lisboetês
De súbito, o homem do quiosque de Lisboa a quem eu pedira os meus jornais habituais interpelou-me: – O senhor é do Norte, não é? Respondi-lhe que não, que nasci na Bairrada e resido há quase 40 anos em Coimbra. Fitou-me, perplexo. Logo compreendi que do ponto de vista de Lisboa tudo o que fique para cima de Caneças pertence ao Norte, uma vaga região que desce da Galiza até às portas da capital. Foi a minha vez de indagar porque me considerava oriundo do Norte. Respondeu de pronto que era pela forma como eu falava, querendo com isso significar, obviamente, que eu não falava a língua tal como se fala na capital, que para ele, presumivelmente, não poderia deixar de ser a forma autorizada de falar português. Foi a primeira vez que tal me aconteceu. Julgava eu que falava um português padrão, normalmente identificado com a forma como se fala «grosso modo» entre Coimbra e Lisboa e cuja versão erudita foi sendo irradiada desde o século XVI pela Universidade de Coimbra, durante muitos séculos a única universidade portuguesa. Afinal, via-me agora reduzido à patológica condição de falante de um dialecto do Norte, um desvio algo assim como a fala madeirense ou a açoriana. Na verdade – logo me recordei –, não é preciso ser especialista para verificar as evidentes particularidades do falar alfacinha dominante. Por exemplo, «piscina» diz-se «pichina», «disciplina» diz-se «dichiplina». E a mesma anomalia de pronúncia se verifica geralmente em todos os grupos «sce» ou «sci»: «crecher» em vez de «crescer», «seichentos» em vez de «seiscentos», e assim por diante… O mesmo sucede quando uma palavra terminada em «s» é seguida de outra começada por «si» ou «se». Por exemplo, a expressão «os sintomas» sai algo parecido com «uchintomas», «dois sistemas» como «doichistemas». Ainda na mesma linha, a própria pronúncia «de Lisboa» soa tipicamente a «L'jboa». Outra divergência notória tem a ver com a pronúncia dos conjuntos «-elho» ou «-enho», que soam cada vez mais como «-ânho» ou «-âlho», como ocorre por exemplo em «coelho», «joelho», «velho», frequentemente ditos como «coalho», «joâlho» e «valho». Uma outra tendência cada vez mais vulgar é a de comer os sons, sobretudo a sílaba final, que fica reduzida a uma consoante aspirada. Por exemplo: «pov» ou «continent», em vez de «povo» e «continente». Mas essa fonofagia não se limita às sílabas finais. Se se atentar na pronúncia da palavra «Portugal», ela soa muitas vezes como algo parecido com «P'rt'gâl». O que é mais grave é que esta forma de falar lisboeta não se limita às classes populares, antes é compartilhada crescentemente por gente letrada e pela generalidade do mundo da comunicação audiovisual, estando por isso a expandir-se, sob a poderosa influência da rádio e da televisão. Penso que não se trata de um desenvolvimento linguístico digno de aplauso. Este falar português, cada vez mais cheio de «chês» e de «jês», é francamente desagradável ao ouvido, afasta cada vez mais a pronúncia em relação à grafia das palavras e torna o português europeu uma língua de sonoridade exótica, cada vez mais incompreensível já não somente para os espanhóis (apesar da facilidade com que nós os entendemos), mas inclusive para os brasileiros, cujo português mantém a pronúncia bem aberta das vogais e uma rigorosa separação de todas as sílabas das palavras. A propósito do português do Brasil, vou contar uma pequena história que se passou comigo. Na minha primeira visita a esse país, fui uma vez convidado para um programa de televisão em Florianópolis (Santa Catarina). Logo me avisaram de que precisava de falar devagar e tentar não comer os sons, sob pena de não ser compreendido pelo público brasileiro, que tem enormes dificuldades em compreender a língua comum, tal como falada correntemente em Portugal. Devo ter-me saído airosamente do desafio, porque, no final, já em «off», o entrevistador comentou: «O senhor fala muito bem português.» (queria ele dizer que eu tinha falado um português inteligível para o ouvido brasileiro). Não me ocorreu melhor e retorqui: – Sabe, fomos nós que o inventámos... Por vezes conto esta estória aos meus alunos de mestrado brasileiros, quando se me queixam de que nos primeiros tempos da sua estada em Portugal têm grandes dificuldades em perceber os portugueses, justamente pelo modo como o português é falado entre nós, especialmente no «dialecto» lisboetês corrente nas estações de televisão. Quando deixei o meu solícito dono do quiosque lisboeta do início desta crónica, pensei dizer-lhe em jeito de despedida, parafraseando aquele episódio brasileiro: – Sabe, a língua portuguesa caminhou de norte para sul... Logo desisti, porém. Achei que ele tomaria a observação como uma piada de mau gosto. Mas confesso que não me agrada a ideia de que, por força da força homogeneizadora da televisão, cada vez mais portugueses sejam «colonizados» pela maneira de falar lisboeta. E mais preocupado ainda fico quando penso que nessa altura provavelmente teremos de falar em inglês para nos entendermos com os espanhóis e – ai de nós! – talvez com os próprios brasileiros...

. ...............................................Vital Moreira (in «Público» de 4 de Janeiro de 2000)

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Comunicação: Sei actuar, comparando textos utilitários e literários recentes ou de outras épocas, em debates que reforcem o interesse pela preservação, equilíbrio e dinamização do espaço rural e urbano, tendo em conta a evolução histórica, a situação actual e a reflexão sobre o futuro.

Proposta de trabalho: Tendo em consideração que alguns autores portugueses, nas suas produções literárias, exortam para a necessidade de preservação do património natural e cultural do país, propomos-lhe que indique e esclareça de que forma é que estes o alertaram para esta atitude cívica e profissional. Como exemplo poderíamos citar dois autores, Eça de Queirós e Almeida Garrett e os seus respectivos textos: Os Maias e Viagens na Minha Terra.
De igual modo, muitos panfletos culturais e turísticos são exemplo dessa preocupação. Assim, a partir desse tipo de folhetos, cite situações concretas que ilustrem estas atitudes de preservação, equilíbrio e dinamização dos espaços rural e urbano.


“Perverteu-se por tal arte o gosto entre nós desde o meio do século passado especialmente, os estragos do terramoto grande quebraram por tal modo o fio de todas as tradições da arquitectura nacional, que na Europa, no mundo todo talvez se não ache um país onde, a par de tão belos monumentos antigos como os nossos, se encontrem tão vilãs, tão ridículas e absurdas construções públicas e particulares como essas quase todas que há um século se fazem em Portugal.
Nos reparos e reconstruções dos templos antigos é que este péssimo estilo, esta ausência de todo estilo, de toda a arte mais ofende e escandaliza.
Olhem aquela empena clássica posta de Olhem aquela empena clássica posta de remate ao frontispício todo renascença da Conceição Velha em Lisboa. Vejam a emplastagem de gesso com que estão mascarados os elegantes feixes de colunas góticas da nossa sé.”

.. . . . .........................................................Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra


NG6 - DR3 - Administração, Segurança e Território

Competência


Identificar sistemas de administração territorial e respectivos funcionamentos integrados.


A identidade de um país evidencia-se pela coesão expressa por uma variedade de serviços, de bens acessíveis a todos, maioritariamente tutelados pelo Estado. Esses serviços permitem a todos, em qualquer ponto do país, usufruir da segurança de pessoas e bens, de vias de comunicação e de transporte, de produtos culturais como exposições, cinemas, museus. Grande parte destes serviços estão sobre o domínio do Estado, tutelados, por exemplo, pelo Ministério da Cultura ou pelo Ministério da Administração Interna..., apresentando cada um programas específicos, de acordo com as suas competências; no caso de MC uma agenda cultural e no caso do MAI um programa de prevenção rodoviária.

A capacidade de cada cidadão usar esses serviços está directamente relacionada com o exercício de cidadania, expressa na procura da cultura e da educação, reflectindo-se também a posteriori num maior ou menor grau de civismo - civilidade - e educação.


Critérios de evidência:


Cultura: Sou capaz de actuar perante as questões relativas à administração do território
compreendendo que as diferentes redes nacionais de equipamentos culturais promovem o ordenamento e a coesão territorial.


Proposta de trabalho: Na sua área de residência, seja a nível local, concelhio ou distrital, terá certamente um teatro, um cinema, um museu, ou vários. Faça a listagem de todos esses serviços e verifique se os mesmos são tutelados por uma entidade privada ou pública, se são específicos da sua região ou se fazem parte de uma rede que cobre todo o território português.

Recorde a última vez que assistiu a uma peça de teatro, que foi ao cinema e que visitou uma exposição. Há muito que não o faz? Porquê? A partir daqui reflicta sobre a temática cultural, apontando os pontos fortes e fracos das políticas culturais em Portugal.






Língua: Sou capaz de actuar individual e/ou colectivamente através da descodificação de informação institucional sobre questões de administração do território (mapas, sinalização, legislação, etc.).
Proposta de trabalho: Desde sempre que o país tem uma política administrativa bem definida a nível cultural e de segurança do território, difundida através de muitos meios de comunicação social, através de outdoors, cartazes, folhetos, desdobráveis, campanhas de publicidade institucional, etc. Dependendo da finalidade, as mensagens são diferenciadas e estruturadas de diferente forma (texto injuntivo-instrucional), com terminologias diversas, mas todos com o mesmo fim: incitar à acção, impor regras, fornecer indicações, instruções.

Deste modo, a partir de uma situação concreta, ligada à interpretação da sinalética da estrada, de uma mensagem duvidosa presente num cartaz de uma das múltiplas campanhas de prevenção rodoviária, de um acidente, recorde uma situação em que tenha sido importante saber gerir uma situação de tensão, na qual a capacidade do diálogo e da comunicação tenha sido essencial para se chegar a um consenso.

Comunicação: Sou capaz de actuar civicamente compreendendo as diferentes formas e conteúdos de comunicação do Estado com os seus cidadãos, em matérias de administração do território.
Proposta de trabalho: A partir da observação de duas campanhas publicitárias (alerto que as mesmas são chocantes, mas não tanto como a realidade que retratam), em francês e espanhol, incito-o a reflectir sobre a violência do conteúdo e sobre a justificação ou não da sua vertente pedagógica. A seguir, reflicta sobre os resultados












NG6 - DR4 - Mobilidades Locais e Globais

Competência:
Relacionar mobilidades e fluxos migratórios com a disseminação de patrimónios linguísticos e culturais e seus impactos.




«A minha pátria é a língua portuguesa»
Fernando Pessoa








O Homem sempre teve necessidade de conhecer mundo, de alargar os seus horizontes, fosse pelo prazer de descobrir novos recantos culturais, fosse pela obrigação de procurar melhores condições de vida. Uma coisa é certa, os portugueses sempre sentiram esse impulso, prova disso é a aventura da expansão ultramarina.


A influência da cultura portuguesa é vasta e actual. Se a emigração sempre marcou a nossa história, a imigração começa-o também a fazer. E começa-o a fazer a partir do último quartel do século XX . As razões deste fenómeno são maioritariamente de pendor económico ou político. Um bom exemplo disso é o afluxo de imigrantes provenientes das ex-colónias portuguesas e dos chamados países de Leste. Com eles, trazem não só as suas histórias de vida, mas também a sua identidade histórico-cultural. Adaptam-se, recebendo muito do país que os acolhe, mas enriquecem-nos igualmente com a divulgação de novas formas de vida.












Critérios de evidência:

Cultura: Sou capaz de actuar compreendendo as causas económicas, políticas e culturais dos fluxos migratórios das populações e reconhecendo a importância do multiculturalismo para a diversidade da oferta cultural.



Proposta de Trabalho: Partindo do conhecimento que tem da realidade da imigração, sobretudo através dos diferentes meios de comunicação social, reflicta sobre as influências culturais trazidas pelos nossos imigrantes (brasileiros, moldavos, romenos, etc.), presentes em vários aspectos do dia-a-dia e quem têm contribuído largamente para a sua descoberta, concretamente nas diferenças musicais, culinárias, desportivas e cinematográficas, etc. A sua presença é cada vez mais notória na programação cultural de muitas Câmaras Municipais e Associações Culturais, sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa ou do Porto.






Língua: Sou capaz de actuar individual e colectivamente na defesa do património linguístico comum da língua portuguesa e do seu papel e lugar no mundo, compreendendo a sua importância económica, histórica e cultural, a par com outras línguas.



Proposta de Trabalho: A partir do conhecimento que tem da realidade linguística portuguesa, concretamente da sua diversidade, diferente de falante para falante, faça uma pequena reflexão sobre algumas palavras que embora enunciem uma mesma realidade se escrevam e pronunciem de modo mais ou menos distinto do uso que fazem os portugueses. Por exemplo: talho e autocarro... (port.); tem como sinónimos açougue e ônibus (bras.). A partir das diferenças que enumerar, explore a riqueza desta diversidade linguística, que ilustra a própria evolução da língua portuguesa, associada à sua expansão e à sua importância no mundo.



Comunicação: Sou capaz de actuar no mundo global, tendo em conta que a língua é um elemento essencial do funcionamento das sociedades e das relações entre as pessoas de diferentes origens sociais e culturais, e um factor indiscutível de integração.
Proposta de Trabalho: Sendo a língua um factor de integração, é fácil compreender porque é que muitos brasileiros, cabo-verdianos, guineenses, timorenses e guineensenes... escolhem Portugal como destino. Assim, a partir do conhecimento que tem sobre os países onde se fala o português, explore o dinamismo que a mesma tem, como língua viva, através do seu estudo, nas universidades autóctones, nas escolas básicas e nas actividades culturais, dando provas de que a mesma é viva e dinâmica, estando em constante evolução.



segunda-feira, 1 de setembro de 2008

NG7 - Saberes Fundamentais

Competência Geral:

Agir em contextos diversificados conseguindo identificar os principais factores que afectam quer a mudança social quer a evolução dos percursos individuais e sendo capaz de mobilizar saberes relativos à ciência e a dinâmicas institucionais de modo a poder formular opiniões críticas perante variadas questões.

O último núcleo gerador de CLC, denominado Saberes Fundamentais, aparentemente sempre se afigurou o mais difícil de abordar, de compreender... A sua descoberta vai-se fazendo ao longo do processo, na partilha e no entendimento que se faz, em conjunto com os adultos, das várias experiências de vida. Este grande tema, como o próprio nome indica, compõe-se de saberes fundamentais, essenciais à compreensão do outro, do mundo, mas também de nós próprios. Esses saberes são adquiridos não só na herança genética que cada um de nós adquire aquando da concepção, mas sobretudo das vivências que vamos tendo, desde a mais tenra idade, mas também do efeito que os outros podem ter em nós, naquilo que somos. Os olhos com que observamos o que nos rodeia são únicos e embora vejamos muito, apenas retemos algumas coisas, mas tudo deixa traços em nós... Ou seja, somos reflexo do que vivemos, do que vemos. É essa a compreensão que aqui se faz deste núcleo, traduzida nos quatro domínios que o constituem.

NG7 - DR1 - O Elemento

.............." Todo o ser humano é diferente de mim e único no universo; não sou eu, por conseguinte, quem tem de reflectir por ele, não sou eu quem sabe o que é melhor para ele, não sou eu quem tem de lhe traçar o caminho; com ele só tenho o direito, que é ao mesmo tempo um dever: o de o ajudar a ser ele próprio.”
............................................................................................Agostinho da Silva
Competência :


Intervir tendo em conta que os percursos individuais são afectados pela posse de diversos recursos, incluindo competências ao nível da cultura, da língua e da comunicação.

Não há dois seres humanos iguais, todos nós nos distinguimos uns dos outros, não só por diferenças genéticas, mas também culturais. Cada um de nós apresenta um conjunto de características (físicas, psicológicas, educacionais, culturais....) que nos torna únicos, distintos. Somos únicos, porque temos não só essas características, mas também porque as nossas vidas se vão cruzando com as de outras pessoas, porque vamos vivendo experiências (boas e más) que nos vão marcando e nos vão moldando o carácter, a nossa maneira de ser. O meio familiar onde nascemos e crescemos, o nosso percurso escolar, os amigos, as boas e más vivências têm/tiveram obviamente influência na pessoa que hoje é. Assim, perante uma situação que pode ser igual para muitos, agirá provavelmente de outro modo porque tem a sua maneira de ser, de pensar, de agir e de actuar, que fazem de si único/única.Somos reflexo de tudo o que vivemos.



Critérios de evidência


Cultura: Sei actuar tendo em conta que os percursos individuais são afectados por condições sociais e que as trajectórias se (re)constroem a partir da vivência de diversos contextos e da reconfiguração da posse de diferentes recursos.

Proposta de trabalho: Num texto de características autobiográficas (história de vida), recorde todo o seu percurso de vida até ao momento, nomeadamente o seu percurso escolar, as oportunidades que teve ou não de estudar, de completar por exemplo o 12ª ano e diga porque não o fez. Que acontecimentos impediram que isso se concretizasse? A família? Os amigos? Os professores? A falta de dinheiro? As companhias? Acha que só a escola permite momentos de aprendizagem? Cite duas ou três situações da sua vida que lhe permitiram ser a pessoa que hoje é.




Língua: Sei actuar face aos textos, identificando os seus elementos constituintes e organizativos e garantindo a correcta utilização do uso da língua portuguesa e/ou língua estrangeira.

Proposta de trabalho: Ao longo da sua vida deve ter utilizado a língua portuguesa - oral ou escrita - para expressar sentimentos, partilhar ideias, exprimir dúvidas, enfim, para comunicar algo. Recorde um momento importante da sua vida em que tenha recorrido à expressão escrita para se fazer entender/ compreender, por exemplo através de uma carta, um diário, etc. e diga como essa forma de organização das ideias, de expressão, foi importante para si. Caso não possua um momento assim significativo, cite uma leitura (por exemplo de tipo biográfico, memórias) que o/a tenha marcado profundamente como pessoa, com o qual tenha aprendido algo, que tenha influenciado a sua forma de ser, de estar.



Comunicação: Sei actuar face aos modelos de processo de comunicação pública, identificando as diferentes intenções do emissor e os efeitos produzidos no receptor.

Proposta de trabalho: Recorde um programa de TV, de rádio ou uma situação em que se tenha pretendido comunicar, transmitir alguma informação e em que por razões várias se tenha gerado um mal-entendido, ou seja, aquele que pretende comunicar algo - o emissor -, não se soube expressar adequadamente, fazendo com que aquele a quem ele se dirige - o receptor - não o entenda ou o entenda mal. Porque sucedem esses equívocos, esses mal-entendidos?As próprias particularidades da língua portuguesa, sobretudo para quem não a domina razoavelmente pode levar a que muitas vezes se diga uma coisa e se perceba outra....Alguma vez viveu uma experiência dessas?Relate-a.


Para perceber bem a importância que a boa e/ ou má comunicação podem ter nas relações que estabelecemos ou no entendimento do que nos rodeia, delicie-se com a conversa de surdos do vídeo dos Gato Fedorento.


NG7 - DR2 - Processos e métodos científicos

Competência


Agir em contextos profissionais, com recurso aos saberes em cultura, língua e comunicação.

No âmbito profissional deparamo-nos todos os dias com novos desafios, novas aprendizagens. Neste sentido, a todo o momento somos sujeitos a situações que nos permitem desempenhar melhor as nossas tarefas.Uma das formas de melhorar o nosso desempenho passa pela aferição do que fazemos bem ou menos bem, ou seja, no fundo como uma diagnose, seja em termos de método de trabalho, de índices de produtividade, seja de formação, etc. Assim, são produzidos/aplicados vários instrumentos de trabalho, como inquéritos, entrevistas, sondagens, observação directa, etc, que permitem apurar por exemplo o grau de satisfação de um participante num workshop de escrita criativa, ou de um espectador num festival de artes circenses.
Se num primeiro olhar - culturalmente falando - por vezes pareça difícil operacionalizar esta competência, ela acaba por estar presente, todos os dias, na nossa vida, se não directamente, indirectamente... Ou seja, nas nossas actividades profissionais, no nosso local de trabalho, somos avaliados de várias formas, seja através de documentos escritos (de auto e hetero-avaliação), seja através de outros suportes, que podem passar pelo controlo da assiduidade/ pontualidade, é o caso dos cartões de ponto. Assim, todas estas formas de recolher informação servem para melhorar o funcionamento de determinadas instituições que operam no campo cultural: cinemas, centros culturais, livrarias, teatros, associações culturais, escolas, etc. Ao utilizarmos todos estes suportes, nós estamos sempre em contacto com várias tipologias textuais, literárias ou não; a própria leitura que fazemos de determinadas obras literárias, onde a componente autobiográfica é muito grande, pode ser também uma forma de melhorarmos competências profissionais, já que a experiência dos outros é muitas das vezes a melhor forma de complementar a nossa actividade, as lacunas que por vezes sentimos. No fundo, é estabelecer a ponte entre a teoria e a prática, ou seja, com a escola da vida.

Critérios de evidência

Cultura: Sou capaz de actuar em contextos profissionais identificando o que são procedimentos científicos e diferentes métodos de produção de conhecimento sobre temáticas relacionadas com a cultura.
Proposta de trabalho: Tendo em conta o que foi dito anteriormente, recorde uma qualquer situação em que tenha preenchido um inquérito relativo a um espectáculo a que assistiu, sobre um filme que viu, sobre cultura geral? O que pensa quando os preenche? Ou não o faz? E porquê? Acha que este tipo de inquéritos é relevante?Pode ajudar a melhorar um serviço ou acha-os inúteis? -
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Língua: Sou capaz de actuar em contextos profissionais diversos, tendo em conta os diferentes tipos de texto e as suas características (literário/não literário, autobiográfico, argumentativo, expositivo, descritivo, etc.) e a sua correcta utilização em língua portuguesa e/ ou estrangeira. Proposta de Trabalho: Alguma vez lhe aconteceu ler um artigo numa revista ou um livro que lhe permitiu entender melhor algum aspecto na sua profissão, devido a alguma semelhança com alguma situação da sua vida profissional. Que tipo de texto era?De uma revista? Que tipo de livro?Diga porque se identificou com essa realidade.



Comunicação: Sou capaz de actuar no mundo global, compreendendo como os diferentes suportes e meios de comunicação fizeram evoluir as inserções profissionais e os modos de trabalhar e produzir riqueza.
Proposta de Trabalho: A todo o momento os meios de comunicação social passam programas em que se abordam temas relativos ao mundo profissional, às necessidades do mundo actual, da competitividade do meio laboral. Assim, tendo em conta a constante pressão da economia global, dos problemas de emprego e da muita ou pouca qualificação de muitos, recorde uma situação veiculada pela televisão, net, rádio, que tenha evidenciado uma situação em que a prática aliada à teoria foram importantes para melhorar o desempenho profissional de alguém e explique porquê. Já aconteceu , na sua vida diária, ter que demonstrar como a teoria é importante aliada à prática e vice-versa? Em que contexto?

NG7 - DR3 - Ciência e Controvérsias públicas

Competência


Formular opiniões críticas, mobilizando saberes vários e competências culturais, linguísticas e comunicacionais.


Uma das mais importantes formas de afirmação que o indivíduo tem é através da palavra, pois esta é o reflexo da sua cultura, dos seus saberes e também do seu carácter. A palavra - escrita ou oral - é o reflexo do seu próprio emissor, pois espelha o que sabe e o que não sabe. Não admira pois que por vezes nos surpreendamos com a capacidade que alguns têm de se expressar, de falar, de convencer os outros. Mas também nos admiramos com o contrário, sobretudo quando é alguém que supostamente deveria possuir o dom da palavra... Para nos conseguirmos expressar de forma loquaz, convincente, é muito importante o domínio que temos dos conteúdos, dos temas, a cultura geral que possuimos e claro, a capacidade de argumentação! Assim, a todo o momento, a sociedade exige a nossa mobilização enquanto cidadãos para tomarmos partido, para agirmos, para intervirmos com a expressão da nossa opinião, tornando-nos (co)responsáveis em muitas das decisões que se tomam quer a nível local, quer a nível nacional.



Programa Prós e Contras dedicado ao tema do aborto



Critérios de evidência:



Cutura: Sou capaz de actuar perante debates públicos reconhecendo a multiplicidade de instituições, agentes e interesses em presença.
Proposta de Trabalho: Identifique a nível nacional ou local uma intervenção (obra, painéis de azulejos, monumentos, espaços públicos...) que tenha gerado polémica, pelo facto de não ser bem aceite pelas pessoas que aí vivem ou por ser demasiado vanguardista, talvez desenquadrada do espaço circundante e por isso controversa. Não se esqueça que este tipo de intervenção é sempre avaliada de duas formas: os que estão de acordo e os que estão em desacordo. Para isso conta também a idade e a cultura de cada um, ou seja, para uma pessoa com mais idade, que tenha vivido sempre no mesmo local, será mais difícl de aceitar a alteração, por exemplo, da traça tradicional da igreja matriz local.
Poderá também abordar este tema de outro ângulo, explorando por exemplo uma lei, um assunto que tenha gerado polémica, obrigando a uma tomada de posição, a assumir uma opinião/ um dos lados...(co-incineração, aborto, eutanásia, pena de morte, etc.).


Língua: Sou capaz de actuar individual e/ou colectivamente entendendo a língua e sua utilização – língua portuguesa e/ou língua estrangeira – como forma de intervenção cívica e social e campo de conhecimento científico.

Proposta de Trabalho: Recorde um qualquer momento da sua vida em que tenha sido necessário participar/intervir com a sua opinião, de modo a impedir algo com que não concordava ou que tenha que ter defendido os seus interesses, o seu ponto de vista, por exemplo num tema de interesse nacional - regra geral polémico -, local, na escola do seu filho (por exemplo um projecto de trabalho de âmbito escolar)...Como preparou a sua intervenção? Respeitou a opinião e o tempo de resposta de cada um? Como estruturou a sua argumentação? Pensou numa forma de captar a atenção do(s) seu(s) interlucutor(es), usando por exemplo materiais de apoio? Organize a sua reflexão de forma corente, bem estruturada, ilustrando com exemplos que evidenciem realmente que detém esta competência linguística.




Comunicação: Sei actuar nas sociedades contemporâneas reconhecendo o papel central dos sistemas de comunicação nas formas de intervenção e construção da opinião pública mundial?

Proposta de trabalho: Que meios utilizou para recolher informação, de modo a fundamentar bem a sua intervenção (textos informativos/ jornalísticos; científicos/ técnicos...), para expressar os seus pontos de vista? Soube depois expressá-los? De que forma? (debate público, folhetos informativo, porta-à porta, blog...). Adaptou o seu registo oral/ escrito de acordo com os intervenientes/ interlocutores? (tipo de linguagem utilizada, cuidada, familiar, científica/ técnica, etc.).

NG7 - DR4 - Leis e Modelos Científicos

Competência
Identificar os principais factores que influenciam a mudança social, reconhecendo nessa mudança o papel da cultura, da língua e da comunicação.
Desde sempre o homem sofreu influências do meio que o rodeia , da família, dos amigos, da escola, do maior ou menor acesso que tem a bens culturais, como a música, a pintura ou o cinema. Neste âmbito, basta recordar o significado que o movimento hippie teve ao nível não só da música mas também político, alertando consciências, levando à acção, mas também a uma maior abertura moral ao nível das relações humanas. No entanto, a maior força de modelação ou manipulação pertence aos meios de comunicação social, nomeadamente à televisão. Esta surge como uma influência, como factor de mudança no telespectador, porque este se identifica com o que vê, ou seja, ao seu modo de vida e até aos seus valores. Há pois, nestes casos, uma aprendizagem social, não por experiência própria/ directa, mas por observação. Devido à diversidade de programas, transversais a todos os gostos e grupos sociais, a televisão é uma das maiores forças de comunicação/ manipulação de massas, produzindo e reproduzindo relações/ comportamentos sociais.
O maior exemplo daquilo que acabamos de afirmar são as telenovelas. Estas influenciaram de forma decisiva os valores e as atitudes das novas gerações, relativamente às do passado. Com elas, surgiram novas formas de socialização antes mal aceites; se no passado uma mulher tivesse mais do que um namorado era conotada de namoradeira ou com outros epítetos...., hoje aceita-se este tipo de atitude como normal, já que está em questão a procura do parceiro ideal. Embora incidamos mais sobre a educação poderiamos considerar o cinema (intervenção), o teatro (intervenção; revista), a música (como denúncia), a fotografia (foto-reportagem) como factores de dinâmicas sociais.



Critérios de evidência:

Cultura: Sou capaz de actuar reconhecendo que a evolução das sociedades resulta de processos de mudança social e identificando os principais factores de a influenciam.
Proposta de Trabalho: Um dos principais agentes da mudança social é, como bem sabemos, a cultura e, dentro desta, a educação. Pois, se é verdade que o «processo de socialização» permite a aquisição dos modelos culturais vigentes numa determinada sociedade e que o «génio criador» do homem permite que este se vá gradualmente distanciando dos mesmos, não deixa de ser igualmente verdade que só pela educação o homem é capaz de transformar a sociedade em que vive, de forma crítica e lúcida, seja pela mudança de atitudes e valores culturais, seja pela criação de novas condutas sociais. Deste modo, proponho-lhe que reflicta nas grandes mudanças culturais que ocorreram na sociedade actual, comparativamente com a dos seus pais ou avós.

Língua: Sou capaz de actuar nas sociedades contemporâneas, tendo em conta que a língua é um elemento constituinte do universo em que vivemos e compreendendo o seu papel na expressão da evolução do pensamento e das mentalidades bem como da evolução científica e tecnológica.
Proposta de Trabalho: A língua é um dos principais factores de desenvolvimento científico e tecnológico, assim como da evolução do pensamento e das mentalidades. Pois, se não existe outro meio de comunicação senão através da língua, então a evolução das mentalidades tem de passar obrigatoriamente por este veículo essencial à comunicação humana. Não estranha, portanto, que os jornais, as revistas e os livros que lemos, adquiram um papel tão fundamental na formação do nosso pensamento, que vai evoluindo ao longo dos anos. Partindo deste pressuposto, identifique os jornais e revistas que mais gosta de ler e de que forma é que essa leitura o foi influenciando na sua percepção do mundo. Se desejar, poderia fazer ainda um pequeno resumo de uma obra literária que já tenha lido, referindo o que considerou mais importante da sua leitura e o que aprendeu com ela.


Comunicação: Sou capaz de actuar nas sociedades contemporâneas, identificando as teorias fundamentais dos sistemas de comunicação (um para um, um para muitos, muitos para muitos, e em rede) e tendo consciência do carácter instrumental dos media e da eficácia do seu poder.

Proposta de Trabalho: Seleccione três tipos de programas do seu agrado (televisivos, radiofónicos, ...). A partir dos mesmos distinga diferentes formas de comunicação, consoante o objectivo pretendido: contacto directo/ pessoal (diálogo, telemóvel...); persuasão/ manipulação (publicidade, campanhas políticas...); informação (debate, reportagem, entrevista...), etc.Assim, tendo em conta tudo isto reflicta (dando exemplos) no poder que os meios de comunicação social têm na sociedade, nas pessoas, influenciando-as na sua forma de agir/reagir, de estar, de pensar ( por exemplo a publicidade, as campanhas políticas...).